sábado, 18 de julho de 2009

Secretário desmente Claudionor e abre crise entre a prefeita Fafá Rosado e o presidente da Câmara

O secretário municipal de Planejamento, Francisco Canindé Maia, desmentiu o presidente da Câmara Municipal, Claudionor dos Santos (PDT), ao afirmar que o Executivo está enviando valores atualizados com o Orçamento Geral do Município (OGM) para o exercício de 2009. O fato pode abrir uma crise entre os poderes Executivo e Legislativo em Mossoró.
Segundo o auxiliar da prefeita Fafá Rosado (DEM), o que houve foi um pedido de suplementação por parte do presidente da Câmara. "A Prefeitura de Mossoró está repassando ao Legislativo os valores correspondentes ao orçamento aprovado em 2008 para ser executado neste ano. Não lembro bem se na semana passada ou retrasada o presidente fez um pedido de suplementação para o orçamento da Casa", frisou.
Conforme Canindé Maia, a Câmara Municipal tem previsto para receber R$ 9,3 milhões ao longo deste ano. O que rende ao Legislativo uma receita mensal de R$ 780 mil. "Para este ano, o presidente pode pedir uma suplementação de até R$ 780 mil, o que dá em torno do R$ 70 mil a mais por mês", acrescentou.
Diante dos números apresentados pelo secretário e da dificuldade de resolver a situação, o presidente da Câmara Municipal, Claudionor dos Santos (PDT), convocou os vereadores da base governista para uma reunião no final da tarde de ontem, para deliberarem um posicionamento sobre o assunto. Ao tomar conhecimento das declarações de Canindé Maia, Claudionor disse que o secretário estava errado. "Estou mostrando aos colegas os números. Não quero entrar em confronto. Vou provar por A mais B que os repasses estão desatualizados", frisou.
O pedetista evitou falar em crise entre Legislativo e Executivo. "Ainda não existe insatisfação. Vamos resolver o problema o mais rápido possível", garantiu.
Quem pensa diferente, é Jório Nogueira (PDT). Para ele, as relações entre os dois poderes está em desigualdade. "Vereador está sendo tratado a pão e água. Tem gerente e secretário desrespeitando os vereadores. Uma pessoa indicada por mim foi exonerada em uma escola, e o comunicado foi feito pelo vigia. Quem está mandando são gerentes e secretários que nem lembro de vê-los trabalhar na campanha", esbravejou.
A Câmara Municipal de Mossoró enfrenta uma crise financeira que ganhou eco na mídia local esta semana. Estão em dia apenas os salários dos servidores efetivos e o subsídios dos vereadores. Estão em atraso o pagamento a fornecedores, servidores contratados por meio de cargos comissionados e empresas conveniadas (planos de saúde, por exemplo). O presidente Claudionor dos Santos disse que o problema seria causado pela não-atualização dos repasses ao Legislativo, que estariam com valores relativos a 2008. Em audiência com a prefeita, o pedetista cobrou solução para o impasse.

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