quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fafá anuncia cortes de apoio a eventos, cancela Auto da Liberdade e evita falar sobre crise com CMM


Bruno Barreto eAdriana Morais
Da Redação
Enquanto autoridades monetárias do Brasil e do mundo afirmam que o pior da crise econômica já passou e que a economia mundial dá sinais de recuperação, a prefeita Fafá Rosado (DEM) reuniu a imprensa ontem pela manhã no Palácio da Resistência para anunciar cortes de gastos em eventos culturais e o cancelamento do Auto da Liberdade 2009. O argumento foi a necessidade de corte de gastos. Apesar do convite para entrevista coletiva, a chefe do Executivo municipal evitou perguntas e manteve-se em silêncio a respeito da crise entre a Prefeitura de Mossoró e Câmara Municipal.
Além do cancelamento do Auto da Liberdade (peça teatral e shows musicais), que se resumirá ao Cortejo da Liberdade no dia 30 de setembro, não haverá convênio para apoio a eventos como o Festuern (o teatro municipal será disponibilizado a custo zero), Parada Gay, Vaquejada e Festival Aéreo. "Para isso temos que ter maturidade com os recursos do município, sem prejudicar a saúde, a educação, a ação social e a qualidade de vida. É como o orçamento doméstico. Quando as coisas estão apertadas, a gente corta o supérfluo até mesmo na feira. São medidas de austeridade. Como gestora pública tenho que agir assim", disse.
Falando em nome da prefeita, o chefe de gabinete Gustavo Rosado afirmou que estão mantidos os apoios a convênios que já foram assinados, como a Ficro, Sessão Magna Branca da Maçonaria, apoios a eventos evangélicos e Festa de Santa Luzia. "Manteremos apoios a esses eventos, mas com cortes de gastos", acrescentou.
Os cortes resultarão em uma economia de R$ 1,5 milhão aos cofres da Prefeitura. "O mundo passa por uma crise econômica muito grande. Temos que nos adequar a essa crise e como gestora nós temos a responsabilidade com os recursos públicos", explicou a prefeita.
De acordo com Fafá Rosado, o problema tem se espalhado em vários municípios do Rio Grande do Norte: "Estive nesta semana na Femurn, e lá nós discutimos muito os problemas dos outros municípios. Os prefeitos estão com angústia em pagar a folha de pessoal. Isso jamais eu quero na cidade de Mossoró porque os servidores nos ajudam a administrar. No caso desses municípios, eles vivem do FPM, ao contrário de Mossoró que é uma cidade pujante. A nossa cidade está entre as 100 melhores do país para se morar".

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