
"Prefeita que tira os direitos "Da Gente"". Entoando esse grito de protesto, os agentes municipais de saúde fizeram um ato público nas ruas da cidade. A caminhada teve início na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde) e seguiu até o Palácio da Resistência.
A mobilização foi uma ação de repúdio às medidas de cortes salariais adotadas pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM). Os itens que mais revoltaram os servidores foram a suspensão das férias e o fim do pagamento em dinheiro do auxílio-transporte.
O diretor regional do Sindsaúde, João Morais, informa que o corte do auxílio-transporte representa uma perda salarial de R$ 130 para os servidores. Além disso, as férias correspondem a 1/3 do salário. "Entendemos que se a prefeitura está em crise, ela tenha mesmo que fazer alguns cortes. Mas, estes cortes devem ser feitos de forma responsável. Não é justo que o trabalhador seja penalizado por isso", afirma.
João Morais ressalta que a atitude é uma afronta aos direitos dos trabalhadores. "A prefeitura corta os salários dos trabalhadores, enquanto mantém pessoas em cargos comissionados com salários altíssimos. Por que não reduz estes últimos? Essa atitude é um desrespeito com a classe trabalhadora", reclama.
Participaram da manifestação diferentes profissionais da área de saúde como médicos, enfermeiros, auxiliares e assistentes de enfermagem, agentes de endemias. No meio do percurso, estes se encontraram com outros profissionais da saúde que participavam da Caminhada da Semana de Aleitamento Materno em Mossoró, que manifestaram solidariedade à causa dos servidores do município.
A equipe de reportagem do O Mossoroense tentou entrar em contato com a gerente municipal de Saúde, Jaqueline Amaral, para saber mais detalhes sobre o corte salarial dos servidores, mas foi informada que a titular da pasta estava em reunião.
Sindicatos e entidades de classe analisam a possibilidade de entrarem em greve
Várias áreas da saúde estão se mobilizando para estudarem o início de uma greve em protesto às mudanças feitas pela Prefeitura de Mossoró referentes ao pagamento dos vencimentos. Na tarde de ontem aconteceu uma reunião entre os representantes dos médicos e a gerente de Saúde, Jaqueline Amaral. E hoje, às 9h30, os demais profissionais do setor, como enfermeiros, agentes de endemias e auxiliares se reunirão em assembleia para decidirem se entram em greve ou não.
Na reunião de ontem, o Sindicato dos Médicos de Mossoró, Associação Médica de Mossoró, Conselho Regional de Medicina e Sindicato dos Servidores da Saúde Pública mandaram seus representantes para dialogar com a gerente. Os representantes dos médicos mostraram suas reivindicações e solicitaram da gerente respostas para as mudanças feitas no cronograma de pagamento da PMM.
A gerente, em seu pronunciamento, reconheceu os defeitos no sistema de saúde instalado na cidade. Ela disse que no início do ano foi feita uma análise sobre o custo desse sistema para o ano de 2009 - com base no ano anterior - porém, acordos feitos com outros municípios da região provocaram o desgaste prévio das instituições.
"Por várias vezes alertamos a Secretaria Municipal de Saúde para os malefícios dessa ação, porém só após o não-pagamento do acordo, por parte dos outros municípios, é que o atendimento deixou de ser realizado", explicou.
Confirmando a versão apresentada pela diretora da Unidade de Pronto Atendimento do Alto de São Manoel, Ana Borges, a gerente falou que a mudança nos pagamentos foi uma exigência do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
"A prefeitura sempre pagou a seus médicos em dia, e não deixará de remunerá-los por um dia sequer. O que houve foi uma mudança no período de pagamento, para não continuar com o pagamento adiantado, como vinha sendo feito", frisou Jaqueline.
Ela ainda disse que uma falha na comunicação entre a Gerência e a classe médica foi o que provocou a revolta dos profissionais, já que eles não receberam nenhuma informação antes que a mudança fosse feita.
Na manhã desta quinta-feira, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) promove uma assembleia no auditório do Serviço Social da Indústria (Sesi), para discutir com os demais trabalhadores da saúde os efeitos das medidas adotadas pela administração municipal, o corte de horas-extras, férias e a transformação do pagamento do auxílio-transporte em cessão de cartão magnético.
"Isso significa a institucionalização do atraso e, ainda por cima, a perda de um mês de trabalho dos servidores", denunciou o presidente do Sindiserpum, Gilberto Diógenes. O presidente ainda disse que se realmente houvesse uma preocupação da PMM em reduzir gastos, a primeira medida a ser anunciada deveria ser a redução de cargos comissionados - já que, segundo Diógenes, existem mais profissionais nesta situação do que o necessário.
NOTA DE REPÚDIO
A Comissão de Defesa Profissional, representativa dos médicos trabalhadores integrantes do quadro funcional da Prefeitura Municipal de Mossoró, reunida no Auditório do Conselho Regional de Medicina (Julita Gomes de Sena - 20 Mossoró), vem de público, formalizar veemente repúdio à postura administrativa repugnante e inadmissível de ATACAR A CLASSE MÉDICA com insultos e inverdades.
Esquecem os notáveis administradores que saúde não se faz "BOTANDO OS MÉDICOS PARA TRABALHAR".
Cada profissional da saúde merece respeito e tem importância, até mesmo o médico. A AVERSÃO aos médicos(as) há muito tem se manifestado inexplicavelmente na atual administração, de modo que É PROIBIDO VALORIZAR O TRABALHO MÉDICO.
Tentam de toda forma denegrir o profissional médico. SAÚDE PÚBLICA NÃO SE FAZ COM:
1) "Uma Lista " dos médicos das UPAS 1 e 2 (uma espécie de dossiê usado durante atos administrativos);
2) Calote salarial em forma de erro técnico cometido por D A S;
3) Exercício ilegal da Medicina;
4) Exclusão do Princípio da Publicidade;
5) Falta de parceria entre a PMM e os médicos;
6) Falta condições técnicas de trabalho;
7) Escusos interesses políticos;
8) Assédio moral;
9) Ambulâncias sucateadas inclusive as do SAMU;
10) UPAS sem alvará da Vigilância Sanitária;
11) UPAS sem Diretores Médicos e Técnicos;
12) Financiamentos sem transparências;
13) Ausência de discussão de indicadores de qualidade;
14) Ausências de hospitais públicos;
15) Intimidações;
16) Um só plantonista médico nas UPAS para atender em todas as especialidades;
17) Suspensão dos direitos fundamentais dos servidores;
SAÚDE PÚBLICA SE FAZ COM:
1) Salários dignos e profissionais motivados, satisfeitos e com condições de trabalho adequadas, seguras e com o cumprimento dos deveres constitucionais (Artigos 37 e 196 - CF).
Infelizmente não podemos botar alguns administradores públicos para trabalhar.
Mossoró, 6 de agosto de 2009
Comissão de Defesa Profissional
A mobilização foi uma ação de repúdio às medidas de cortes salariais adotadas pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM). Os itens que mais revoltaram os servidores foram a suspensão das férias e o fim do pagamento em dinheiro do auxílio-transporte.
O diretor regional do Sindsaúde, João Morais, informa que o corte do auxílio-transporte representa uma perda salarial de R$ 130 para os servidores. Além disso, as férias correspondem a 1/3 do salário. "Entendemos que se a prefeitura está em crise, ela tenha mesmo que fazer alguns cortes. Mas, estes cortes devem ser feitos de forma responsável. Não é justo que o trabalhador seja penalizado por isso", afirma.
João Morais ressalta que a atitude é uma afronta aos direitos dos trabalhadores. "A prefeitura corta os salários dos trabalhadores, enquanto mantém pessoas em cargos comissionados com salários altíssimos. Por que não reduz estes últimos? Essa atitude é um desrespeito com a classe trabalhadora", reclama.
Participaram da manifestação diferentes profissionais da área de saúde como médicos, enfermeiros, auxiliares e assistentes de enfermagem, agentes de endemias. No meio do percurso, estes se encontraram com outros profissionais da saúde que participavam da Caminhada da Semana de Aleitamento Materno em Mossoró, que manifestaram solidariedade à causa dos servidores do município.
A equipe de reportagem do O Mossoroense tentou entrar em contato com a gerente municipal de Saúde, Jaqueline Amaral, para saber mais detalhes sobre o corte salarial dos servidores, mas foi informada que a titular da pasta estava em reunião.
Sindicatos e entidades de classe analisam a possibilidade de entrarem em greve
Várias áreas da saúde estão se mobilizando para estudarem o início de uma greve em protesto às mudanças feitas pela Prefeitura de Mossoró referentes ao pagamento dos vencimentos. Na tarde de ontem aconteceu uma reunião entre os representantes dos médicos e a gerente de Saúde, Jaqueline Amaral. E hoje, às 9h30, os demais profissionais do setor, como enfermeiros, agentes de endemias e auxiliares se reunirão em assembleia para decidirem se entram em greve ou não.
Na reunião de ontem, o Sindicato dos Médicos de Mossoró, Associação Médica de Mossoró, Conselho Regional de Medicina e Sindicato dos Servidores da Saúde Pública mandaram seus representantes para dialogar com a gerente. Os representantes dos médicos mostraram suas reivindicações e solicitaram da gerente respostas para as mudanças feitas no cronograma de pagamento da PMM.
A gerente, em seu pronunciamento, reconheceu os defeitos no sistema de saúde instalado na cidade. Ela disse que no início do ano foi feita uma análise sobre o custo desse sistema para o ano de 2009 - com base no ano anterior - porém, acordos feitos com outros municípios da região provocaram o desgaste prévio das instituições.
"Por várias vezes alertamos a Secretaria Municipal de Saúde para os malefícios dessa ação, porém só após o não-pagamento do acordo, por parte dos outros municípios, é que o atendimento deixou de ser realizado", explicou.
Confirmando a versão apresentada pela diretora da Unidade de Pronto Atendimento do Alto de São Manoel, Ana Borges, a gerente falou que a mudança nos pagamentos foi uma exigência do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
"A prefeitura sempre pagou a seus médicos em dia, e não deixará de remunerá-los por um dia sequer. O que houve foi uma mudança no período de pagamento, para não continuar com o pagamento adiantado, como vinha sendo feito", frisou Jaqueline.
Ela ainda disse que uma falha na comunicação entre a Gerência e a classe médica foi o que provocou a revolta dos profissionais, já que eles não receberam nenhuma informação antes que a mudança fosse feita.
Na manhã desta quinta-feira, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) promove uma assembleia no auditório do Serviço Social da Indústria (Sesi), para discutir com os demais trabalhadores da saúde os efeitos das medidas adotadas pela administração municipal, o corte de horas-extras, férias e a transformação do pagamento do auxílio-transporte em cessão de cartão magnético.
"Isso significa a institucionalização do atraso e, ainda por cima, a perda de um mês de trabalho dos servidores", denunciou o presidente do Sindiserpum, Gilberto Diógenes. O presidente ainda disse que se realmente houvesse uma preocupação da PMM em reduzir gastos, a primeira medida a ser anunciada deveria ser a redução de cargos comissionados - já que, segundo Diógenes, existem mais profissionais nesta situação do que o necessário.
NOTA DE REPÚDIO
A Comissão de Defesa Profissional, representativa dos médicos trabalhadores integrantes do quadro funcional da Prefeitura Municipal de Mossoró, reunida no Auditório do Conselho Regional de Medicina (Julita Gomes de Sena - 20 Mossoró), vem de público, formalizar veemente repúdio à postura administrativa repugnante e inadmissível de ATACAR A CLASSE MÉDICA com insultos e inverdades.
Esquecem os notáveis administradores que saúde não se faz "BOTANDO OS MÉDICOS PARA TRABALHAR".
Cada profissional da saúde merece respeito e tem importância, até mesmo o médico. A AVERSÃO aos médicos(as) há muito tem se manifestado inexplicavelmente na atual administração, de modo que É PROIBIDO VALORIZAR O TRABALHO MÉDICO.
Tentam de toda forma denegrir o profissional médico. SAÚDE PÚBLICA NÃO SE FAZ COM:
1) "Uma Lista " dos médicos das UPAS 1 e 2 (uma espécie de dossiê usado durante atos administrativos);
2) Calote salarial em forma de erro técnico cometido por D A S;
3) Exercício ilegal da Medicina;
4) Exclusão do Princípio da Publicidade;
5) Falta de parceria entre a PMM e os médicos;
6) Falta condições técnicas de trabalho;
7) Escusos interesses políticos;
8) Assédio moral;
9) Ambulâncias sucateadas inclusive as do SAMU;
10) UPAS sem alvará da Vigilância Sanitária;
11) UPAS sem Diretores Médicos e Técnicos;
12) Financiamentos sem transparências;
13) Ausência de discussão de indicadores de qualidade;
14) Ausências de hospitais públicos;
15) Intimidações;
16) Um só plantonista médico nas UPAS para atender em todas as especialidades;
17) Suspensão dos direitos fundamentais dos servidores;
SAÚDE PÚBLICA SE FAZ COM:
1) Salários dignos e profissionais motivados, satisfeitos e com condições de trabalho adequadas, seguras e com o cumprimento dos deveres constitucionais (Artigos 37 e 196 - CF).
Infelizmente não podemos botar alguns administradores públicos para trabalhar.
Mossoró, 6 de agosto de 2009
Comissão de Defesa Profissional
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