quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Servidores agora só falam com a Prefeita Fafá


A greve dos servidores públicos municipais continua. Na manhã de ontem, eles montaram acampamento em frente à sede da Prefeitura Municipal de Mossoró e, com gritos de ordem, chamaram atenção de quem passava pela avenida Alberto Maranhão. Uma reunião solicitada e depois desmarcada pelo chefe de gabinete Gustavo Rosado fez com que os sindicalistas não aceitassem mais negociações com outra pessoa que não seja a prefeita Fátima Rosado.
Entre os gritos, "Servidor na rua, prefeita, a culpa é sua" e "O servidor quer trabalhar, a prefeita não quer deixar" foram os mais fortes da categoria. No fim da manhã, eles realizaram ainda um gesto simbólico contra a decisão da Prefeitura de substituir o vale-transporte por cartão magnético e rasgaram o decreto assinado pela prefeita Fátima Rosado, que legitimou a troca.
Segundo a vice-presidente do Sindiserpum, Marilda Souza, até agora os servidores não tiveram nenhum avanço nas negociações com a Prefeitura. "Antes, cada categoria em greve tinha uma pauta diferente de reivindicações, agora nós resolvemos unificar e criar uma só", explicou Marilda.
Durante a manifestação, um secretário (não identificado pelos grevistas) solicitou que os representantes da classe protestante adentrassem o prédio para uma reunião com o chefe de gabinete e meia hora depois reapareceu para cancelá-la, alegando que ele havia se enganado e que o encontro não se realizaria. "Isso é um descaso com o trabalhador", afirmou.
Com isso, os servidores decidiram que a partir de agora só negociam diretamente com a prefeita. "Chega de intermediário, Francisco Carlos e Jaqueline Amaral não resolvem nada e não foram eles que assinaram o decreto que culminou com essa greve, foi a prefeita", explica a vice-presidente.
Na nova pauta de solicitações, os servidores cobram também 32% de reajuste para todos os servidores, acréscimo de 20% de insalubridade sobre o salário-base, incorporação da qualificação básica ao Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e a definição de uma data para cumprimento das negociações. Na pauta ainda está inclusa a volta do auxílio-transporte e o pagamento do terço de férias à categoria.
"A prefeita terá que assinar um documento dizendo quando pretende cumprir as suas promessas. Vamos ficar aqui acampados todos os dias até termos nossas reivindicações atendidas", frisou Marilda. No momento em que os servidores rasgaram simbolicamente o decreto, eles mostraram indignação contra as atitudes da Prefeitura.
"Você não obriga os servidores a fazer o que você quer. Enquanto tivermos voz nos agruparemos, pois você não manda no servidor efetivo, manda nos comissionados, nos apadrinhados. Dessa vez, prefeita, você vai aprender a respeitar o servidor", finalizou Marilda.
Além disso, os sindicalistas destacaram o fato da inclusão de Mossoró no Cadastro de Inadimplentes do serviço público (Cadin) - mesmo sem ter havido diminuição nos rendimentos da cidade nem na divulgação de novas portarias comissionadas.
"A prefeita comete seus desatinos administrativos e quer tirar o prejuízo reduzindo os direitos dos trabalhadores. Isso é inadmissível", esclareceu Marilda.
Ela ainda questionou a crise, alegando que portarias nomeando novos servidores são divulgadas diariamente e gastos com a Secretaria de Tributação e com a arborização da cidade já foram anunciados. Segundo a presidente do sindicato, R$ 5 milhões e R$ 254 mil serão os valores a serem gastos com os respectivos serviços.



obs. Mossoró tá um verdadeiro tendeu pode!!

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