sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Petistas “espantam” PMDB da base aliada no RN com frequentes críticas à Garibaldi Alves Filho

O Partido dos Trabalhadores (PT) é dos partidos da base aliada da governadora Wilma de Faria (PSB) que defendem o apoio à candidatura do vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB).

Mesmo assim, lideranças da legenda têm feito duras críticas ao senador Garibaldi Filho, político de densidade eleitoral do PMDB, partido considerado estratégico para o projeto governista, tanto no Rio Grande do Norte, em nível estadual, como nacional.

O senador tem deixado claro que sua vontade é votar na senadora Rosalba Ciarlini (DEM) para o Governo do Estado. Por trás dessa declaração de apoio, há a chance do pai de Garibaldi, o ex-vice-governador Garibaldi Alves assumir uma cadeira na Alta Câmara, em substituição à ex-prefeita de Mossoró.

A despeito disso, a base do governo, por meio de Henrique Alves (PMDB), tenta trazer o primo do deputado para o palanque governista.

Pelas declarações de petistas nos últimos meses, o entendimento é de que a legenda já jogou a toalha quando o assunto é a presença de Garibaldi no palanque da pré-candidata à Presidência da República e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do vice-governador Iberê.

Primeiro, foi a deputada federal Fátima Bezerra (PT), que, em entrevista a uma rádio de Natal, disse que caso o PMDB apoie a candidata do DEM, se trataria de uma relação esquizofrênica.

Agora, foi a vez do ex-vereador de Natal Fernando Lucena, recém-eleito presidente do diretório municipal da capital. Ele proferiu a frase mais polêmica e comentada da semana ao chamar Garibaldi de "senador come e dorme".

O PMDB do Rio Grande do Norte está dividido. O presidente estadual da legenda, Henrique Alves, tem garantido que o partido caminha ao lado do PT e da governadora Wilma de Faria. Em entrevista recente ao O Mossoroense, ele descartou a possibilidade de apoiar a terceira via.

Nos bastidores, comenta-se que o PMDB busca uma saída jurídica para ficar "em cima do muro" nas eleições do próximo ano. Sairia com Garibaldi Filho candidato à reeleição ao Senado e faria alianças para garantir assentos nas eleições proporcionais. Deixando as bases livres para dar o segundo voto de senador e governador.

É aí que pode entrar o interesse do PT potiguar. O partido há anos pleiteia uma vaga na chapa majoritária do "wilmismo". Em 2006, tentou lançar o atual secretário de Educação, Rui Pereira, vice-governador, mas não logrou êxito. Acabou se contentando em colocar Rui na condição de primeiro-suplente da candidatura derrotada de Fernando Bezerra, na época no PTB.

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